29 de jan. de 2009

Fórum Social Mundial - 2009


Depois de reunir mais de 80 mil pessoas de todo o mundo em Nairobi, no Quênia (África), em 2007 e percorrer todo planeta com mais de 800 ações descentralizadas em dezenas de países, o Fórum Social Mundial 2009 está acontecendo na Amazônia, em Belém, no Pará, de 27 de janeiro a 1º de fevereiro.


O que é o FSM?
O Fórum Social Mundial (FSM) é um espaço aberto de encontro – plural, diversificado, não-governamental e não-partidário –, que estimula de forma descentralizada o debate, a reflexão, a formulação de propostas, a troca de experiências e a articulação entre organizações e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional, pela construção de um outro mundo, mais solidário, democrático e justo.
As três primeiras edições do FSM, bem como a quinta edição, aconteceram em Porto Alegre, Rio Grande do Sul (Brasil), em 2001, 2002, 2003 e 2005. Em 2004, o evento mundial foi realizado pela primeira vez fora do Brasil, na Índia. Em 2006, sempre em expansão, o FSM aconteceu de maneira descentralizada em países de três continentes: Mali (África), Paquistão (Ásia) e Venezuela (Américas). Em 2007, voltou a acontecer de maneira central no Quênia (África).

O FSM tornou evidente a capacidade de mobilização que a sociedade civil pode adquirir quando se organiza a partir de novas formas de ação política, caracterizadas pela valorização da diversidade e da co-responsabilidade.



Marcha de Abertura


Bandeiras de todas as cores, cartazes com os mais diversos dizeres, faixas denunciando a violação de direitos humanos ou protestando contra a construção de hidrelétricas na Amazônia, apitos, carros de som, grupos identificados com camisetas ou bonés, gritos de ordem, batucada, músicas tocando em vários grupos simultaneamente. Este era o cenário na Escadinha do Cais do Porto, ao lado da Estação das Docas, no centro de Belém, de onde partiu a Marcha que abriu o 9º Fórum Social Mundial (FSM), por volta das 15h nesta terça-feira, 27.
Antes da Marcha, diferentes grupos se apresentavam no palanque montado para a abertura do evento e a multidão acompanhava entusiasmada. De repente, caiu uma forte chuva, fazendo com que alguns abrissem seus guarda-chuvas ou tirassem suas capas. Os menos previdentes recorreram às marquises dos prédios. A maioria, no entanto, enfrentou a chuva e se pôs a caminhar em direção à Praça do Operário, ponto de chegada da caminhada. Com o fim da chuva, os espectadores das marquises se juntaram, novamente, à multidão.

Diversidade
Esta é a palavra que melhor define o perfil dos que participaram da Marcha na tarde do dia 27, em Belém, abrindo o FSM. No meio do povo, era fácil de identificar desde grupos que lutam, por exemplo, pela erradicação do trabalho escravo, até ativistas que defendem a legalização do aborto. Os grupos religiosos se misturam aos sindicalistas; os movimentos sociais caminham lado a lado com as ONGs e com os militantes dos partidos políticos.

A juventude, maciça, também quer mostrar que sonha com “outro mundo possível” e mostra sua cara na caminhada.

Fonte: http://www.cnbb.org.br/ns/modules/news/article.php?storyid=912

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